quinta-feira, 7 de abril de 2011

As águas da baía

O boto é o único mamífero que ainda freqüenta as águas da baía. As baleias que nelas vinham parir seus filhotes, há muito não o fazem, assim como não são mais vistas as tartarugas.
Os camarões estão com sua população extremamente reduzida. Por outro lado, os mexilhões têm proliferado nos pilares da Ponte Rio Niterói.
Somente as espécies de algas mais resistentes ainda são vistas nas águas da baía. A pesca, assim como o número de espécies de peixes, decaiu consideravelmente. Dentre os peixes de importância econômica, ainda podem ser pescados o robalo, o badej.
Tartaruga na Baía 

Iniciativas Para a Despoluição da Baía de Guanabara:Baía de Guanabara.Na última segunda-feira, dia 17, foi realizado o seminário. SOS Guanabara, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O evento foi promovido pelos jornais O Dia e Brasil Econômico, com patrocínio da Petrobras, e reuniu autoridades e especialistas para debater projetos e ações de despoluição da Baía de Guanabara.

Uma das ações ambientais da Petrobras na Baía de Guanabara foi abordada na palestra do gerente de Articulação e Contingência da Região Sudeste da Petrobras, Ronaldo Torres. Ele falou sobre o Programa de Revitalização, Urbanização e Recuperação Ambiental do Canal do Fundão e seu entorno.

Torres contou como foi o estudo que definiu os objetivos e as tecnologias que serão utilizadas no Programa. Um grupo de trabalho, com representantes da Petrobras e de órgãos ambientais, discutiu durante um ano qual seria a melhor forma de intervenção na região. Foram identificados os principais problemas do canal: estagnação das correntes das marés, degradação ambiental dos ecossistemas locais, acúmulo de lixo, odor desagradável, obstrução da navegação, ocorrência de inundações e risco à saúde da população local, além de impactos negativos ao turismo.

A partir dessas conclusões, foram estabelecidos os seguintes objetivos: despoluição através da dragagem do canal; recuperação ambiental do ecossistema da região; renovação paisagística, que inclui urbanização e revegetação da área.

Torres também abordou a questão relativa ao destino do material retirado do Canal. Para o material contaminado, será utilizada uma tecnologia chamada geotêxtil, que consiste no armazenamento do material em membranas impermeáveis. “Essa tecnologia nunca foi usada no Brasil para esse finalidade. O material é importado e já foi feito um teste piloto na cidade universitária”, contou o gerente.

O Programa também prevê a recomposição de manguezais na margem do Canal do Fundão e a urbanização da área, que contará com uma ponte que ligará a Cidade Universitária ao centro da cidade. O projeto arquitetônico da ponte, de autoria de Alexandre Chan, terá a forma de um biguá, espécie de ave presente na baía. Um viveiro com plantas nativas do mangue já foi implantado no canteiro de obras.

O Seminário também contou com a participação de Luiz Antônio Correia de Carvalho, chefe de Gabinete do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Alberto Vieira Muniz, vice-prefeito e secretário Municipal de Meio Ambiente, Wagner Victer, presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE), e especialistas em meio ambiente.
 

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